
Filhas de Jó Bahia
Grande Conselho Guardião do Estado da Bahia das Filhas de Jó Internacional
Grand Guardian Council of the state of Bahia of Job's Daughter International

Campanha Social
As raízes da violência contra a mulher estão disseminadas em nossa sociedade. Apesar de vivermos em um século marcado por avanços tecnológicos e humanitários, a ideologia patriarcal ainda impera em muitos segmentos sociais. Ações governamentais e leis não são suficientes para conter essa prática. A luta contra essa violência, portanto, deve também partir de nós: mulheres e homens das Filhas de Jó Internacional.
Como uma organização feminina, as Filhas de Jó Internacional visa o aperfeiçoamento moral de seus membros. Partindo desse pressuposto, o antigo Conselho Guardião Jurisdicional da Bahia, em parceria com o Bethel Jurisdicional da Bahia, Misses e todos os demais Bethéis da jurisdição, realizaram nos anos de 2012 e 2013 a primeira Campanha em Combate à Violência Contra a Mulher, idealizada pelo tio Joel Junior (Past Grande Guardião Associado), cujo principal objetivo foi explanar essa triste realidade que já foi considerada pela ONU como um surto global e ainda está presente na realidade baiana.
Desde então, nos anos seguintes, a Campanha Social cresceu e se fortaleceu na Jurisdição Baiana, sendo realizada anualmente através da apresentação de um projeto que contém informações sobre temas sociais relevantes à causa da proteção das mulheres e, ainda, através de atividades informativas e de divulgação propostas a toda a Jurisdição no intuito de promover aos membros as habilidades necessárias para que se tornem mulheres política, social e fisicamente mais protegidas e conscientes de seus papéis na sociedade.
Campanha 2022
Neste ano o tema da campanha é “Violência Psicológica” com o lema: “também é violência”, para nos lembrar que, apesar de não deixar marcas visíveis, as palavras podem machucar tanto quanto uma agressão física, por isso merece a mesma atenção; portanto devemos conhece-la para combatê-la. A Lei Maria da Penha traz em seu texto diversas formas de violência praticadas contra mulheres. Uma dessas formas é a violência psicológica, também chamada de “agressão emocional”. O texto legal a descreve como sendo condutas que causem danos emocionais em geral ou atitudes que tenham o objetivo de liminar ou controlar suas ações e comportamentos através de ameaças, constrangimentos, humilhações, chantagens, vigilância constante, isolamento da família e amigos, proibições de atividades sociais, perseguição, insultos, ridicularização e outras ações que causem prejuízo a sua saúde psicológica. Trata-se de uma forma de violência de difícil identificação, pois não causa danos físicos ou materiais. Muitas vítimas não percebem que estão sofrendo essa agressão, por não notarem os danos emocionais; quando notam, já está em situação grave e se torna difícil sair deste estado. Atualmente, a violência psicológica tem se sido mais discutida, recebendo destaque em campanhas, rodas de conversa e pesquisas. Isso porque tem se notado um grande aumento de casos notificados, chamando atenção da sociedade para essa causa. Dentre os casos registrados, a maioria é contra mulheres; e ainda há muitos casos que não são informados, o que reforça a importância de conhecer e trabalhar esse tema.
Para ler a Campanha na íntegra, faça o download do arquivo clicando na imagem acima.
Campanhas anteriores
2013: Contra a Violência com a Mulher
Por iniciativa tomada em 2012, a primeira Campanha em Combate à Violência Contra a Mulher foi realizada em parceria com o Time Jurisdicional e os Bethéis Baianos buscando meios de difundir o tema nas comunidades de cada Bethel e trazendo aos membros das Filhas de Jó da Bahia o conhecimento acerca dos mecanismos de reconhecimento das práticas violentas e os meios de buscar ajuda.
2014: Flores de 64
O projeto tornou-se uma campanha anual para as Filhas de Jó da Bahia e em 2014, ano que a campanha completa dois anos, uma nova forma de tratar a triste realidade da violência foi proposta: homenagear a memória das mulheres vítimas dos “anos de chumbo” no Brasil com o projeto “Flores de 64” que propôs aos Bethéis baianos que conhecessem as histórias das mulheres que lutaram pelos direitos de nosso país durante os anos de Ditadura.
2015: Feminicídio no brasil
Com a aprovação da lei 13.104/5, o Código Penal Brasileiro foi alterado para reconhecer mais uma modalidade de homicídio qualificado: o feminicídio. O nome de tal modalidade já consegue ilustrar até para o mais leigo que se trata de um crime que é praticado contra a mulher. No entanto, foi proposto aos Bethéis do estado um estudo mais detalhado sobre a importância social que foi o reconhecimento do feminicídio no Brasil; o que é esse crime, os dados desse triste fato no país e o funcionamento da nova lei.
2016: Assédio - Rompa o silêncio: Denuncie!
Em 2016, a jusridição baiana julgou necessário sensibilizar a população, a fim de que, todos tomem nota de que a recorrência de atitudes que tendem ao assédio e o assédio propriamente dito não podem cair na normalidade, essas atitudes devem ser abominadas, tendo em vista os danos que tal comportamento pode causar na vida de uma vítima, interferindo em toda uma história, vida profissional, estudos, e etc. Enfim, o futuro de alguém pode ruir por conta de uma “brincadeira”. Não fique calado, Rompa o silêncio: Denuncie! Assédio é crime!
2017: Mulher: Vez e voz!
E agora, em 2017 o Comitê da Campanha Estadual apresentou o tema deste ano – “Mulher: Vez e voz!”, com o propósito de trabalhar a busca pela valorização da mulher e o direito de ser quem é dentro da sociedade com ênfase em três importantes espaços; família, trabalho e mídias.
2018: Sororidade - Todas juntas somos +
Em 2018, a campanha ganha uma nova cara. Pensando na sororidade e na união das mulheres como formas atuais e das próprias mulheres combaterem as violências que sofrem, foi apresentado "Todas juntas somos +", buscando, principalmente, um trabalho mais interno nos Bethéis. Somos uma organização de mulheres que prega a irmandade entre si, porém, muitas vezes, nos deparamos com conflitos entre nós que, de algum modo, é reverberação desta sociedade que nos discrimina. É preciso saber conviver com nossas irmãs, unirmo-nos como um todo e sentirmos a verdadeira sororidade, o amor entre irmãs. Juntas, somos mais fortes, felizes, capazes e justas.
2019: Lutamos juntas - a resistência começa em nós
Em 2019, levando em consideração a rede de apoio criada nos Bethéis com a temática anterior, o tema apresentado foi "Lutamos juntas - A resistência começa em nós" que levou aos Bethéis da Jurisdição a proposta de buscar reconhecer as formas de violência, as forma de apoio e dar visibilidade aos trabalhos de proteção à integridade física e mental de mulheres expostas à situações de violência.
2020: Relacionamento abusivo - chega de mimimi!
A proposta trazida em 2020 foi apresentar, através de linguagem mais acessível para o público juvenil, um tema que pode estar sendo realidade na vida de muitas integrantes das Filhas de Jó,não só da Bahia, mas internacionalmente. O Relacionamento Abusivo está cada vez mais presente na sociedade, gerando cruéis consequências para suas vítimas, aliado ao lema do “Chega de MiMiMi”, que é uma jogada contra Misoginia, Discriminação e Feminicídio, alertando a todos sobre essas problemáticas
2021: CULTURA DO ESTUPRO - MEU NÃO IMPORTA!
EM 2021, sob a inspiração da Campanha lançada em 2016 pela Casa da Mulher Trabalhadora, a CAMTRA, foi proposto o tema chamado “MeuNÃOImporta”, afinal, muito se ouve referente a situações que a mulher vivencia e é logo associado ao motivo do estupro ter ocorrido, como “mas veja onde ela estava”, “isso eram horas de mulher está na rua?”, “reparem só a roupa que ela usava”... Comentários nesse estilo mostram que as pessoas se importam muito com diversos contextos do crime, quando na verdade apenas deveria importar o NÃO da mulher ao não consentir com o ato. ESTUPRO É CRIME, e a cultura do estupro não só existe, como mata!